sábado, 27 de outubro de 2012

2011

Passou batido... só postando antes que 2012 passe batido tb AuhAiHAiUAh....

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Devaneios 02

Como odeio ser romântico. Como odeio ser sentimental. Tenho inveja dos machos insensíveis, daqueles que não ligam no dia seguinte, daqueles que não ligam para nada, daqueles que não se ligam, do que ser assim, querer ligar demais, toda hora, e de não conseguir me desligar. Não conseguir parar de pensar em um assunto, seja ele qual for, é terrível. À não ser que seu assunto esteja presente com você o tempo inteiro, ou na maioria dele. Apesar desse blog estar se aproximando bastante dos antigos blogs/diários de garotas adolescentes, de certa forma, é meio assim que me sinto: uma garota adolescente. Eu só queria que minha aparência externa refletisse na minha interna, já que me pareço um brutamontes como Bud Spencer por fora, mas por dentro sou mesmo uma florzinha, como a Arwen. Droga.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Devaneios 01

Não é novidade que sou complicado. Que sou um romântico inveterado, que acredito no amor, que sou bobo. Um bobo quase infantil. Sou imaturo. Mas eu me dedico. Juro! E não há insegurança que basta. Não há noites em claro pensando, devaneios de uma vida feliz, que eu acredito que terei somente em minha mente, e nunca em meu coração. Eu não quero demais. Eu quero o que os outros tem. Eu quero o sonho comum. Eu não quero mansão ou carro do ano. Mas um amigo disse que quanto mais queremos, mais difícil é de se conseguir. Apesar das inseguranças, do medo constante, e de todos os reforços negativos, eu mantenho a esperança. Desespero é uma palavra que tomo muito cuidado em usar. E como outro amigo meu disse, deveria seguir o exemplo dos alcoólicos anônimos: viver um dia após o outro. Pois sim, eu sou viciado em amor, paixão, carinho, mesmo tendo recebido tão baixas doses durante a minha vida. Ela me aconselha ser mais racional, e não deixar minhas emoções me controlarem. E eu gostaria muito que ela se abrisse e se entregasse mais. E o que é a vida sem emoção? Sem paixão? Sem cores? Eu sou um artista, mesmo que medíocre! Eu me alimento delas, e elas são minha fonte pra continuar. E quando o alimento parece estar estragado? É muito pedir por bons frutos de vez em quando? É muito pedir para que cuidem de seu pomar tanto quanto de seu teto? O racional constrói a casa e se abriga da chuva, e o emocional a utiliza para irrigar emoções. Mas eu estou aqui, do lado de maçãs um pouco passadas, completamente encharcado, e bastante cansado. Eu só quero uma fração do que qualquer um poderia conseguir, mas pra mim, parece ser o mais difícil. Me dá vontade de rir, mas logo depois passa, e me entristeço. Penso no chavão: Seria cômico se não fosse trágico. Serei eu o Pierrot? Serei eu o Pierrot???

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Props

sábado, 20 de junho de 2009

Autorretrato

Todo prazo é curto
Toda mentira, fato
Nenhum verbo, ato
Toda certeza, dúbia.

Qualquer caneta falha
Todo espelho mente
Minh'alma sente
Todo olhar frases.

Todo teto é estranho
Nenhuma casa é lar
Todo acerto errar
Apostar é sempre perder.

Toda esperança finada
E eu vivo e torto
Melhor eu morto
Que a vida eterna
Amém.

sábado, 23 de maio de 2009

Âncora!

Eu sei que essa analogia já deve ter sido usada várias vezes, principalmente por piratas bêbados, mas ultimamente me sinto um navio. Não só por ser grande (grande não, gordo) e pesado, nem porquê ultimamente ando boiando mais que bosta n'água, mas porquê parece que tenho uma âncora de toneladas, que insiste em me imobilizar e em me puxar pra baixo. Não ando tendo ânimo pra fazer nada. Escrever, compor, tocar violão, “tocar uma”, nada. Já ouvi “deita e morre” três vezes na última semana, e em outras duas ouvi o “parece que morreu e esqueceu de cair”.
Boto a culpa no frio. Definitivamente é o frio. Mas eu já estava assim andes dele chegar! Deve ser então um frio no coração. Definitivamente, coração gelado. Parece ser uma explicação deveras romântica para explicar essa âncora chamada Lorena. Ei, a âncora é minha, dou o nome que quiser. Apelido qualquer um dá, e a maioria chamam-na de preguiça, mas fôda-se, ela é minha. Tudo bem, meu coração gelado clama por uma chama de esperança, pra me tirar da inércia e mandar de vez Lorena embora. Romântico. Romântico e piegas. O problema realmente é que mesmo nesse frio, insisto em dormir com o ventilador ligado.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Night to Remember!


Já tiveram a sensação de vazio, a sensação de abandono e solidão tal qual a de finalizar a leitura de um livro muito bom, em que você se apaixona pelos personagens e pela trama?
Já fizeram algo tão bom que o tempo se tornou suspenso, e a percepção de espaço, de corpo, de matéria, se torna adulterada, como uma viajem lisérgica?
Partindo para o campo da idolatria, já estiveram próximos de alguém que transcende o imediatismo e a percepção de realidade, através de genialidade e sensibilidade ímpares? É como estou me sentindo em relação ao show que se passou na noite anterior, aqui em São Paulo. Opeth é o nome da banda, cuja obra, em minha opinião, flerta com a perfeição.
O show mostrou mais a faceta doom metal da banda, mas ainda assim foi permeado de momentos jazzísticos e progressivos. Uma mistura contagiante e viajante, que me fez esquecer completamente que uma hora antes havia tomado uma chuva que só vendo para crer (na fila, esperando para entrar), que me deixou completamente ensopado, e quê me deu dores e câimbras nos pés o tempo todo.

Enfim, foi uma noite para se lembrar. E olha que eles não tocaram nenhuma das minhas favoritas. É por isso que eu “ainda” não posso morrer. Nem que eles tenham que fazer um show particular em que o set-list inclua Patterns in the Ivy II, Still Day Beneath the Sun, The Grand Conjuration e Porcelain Heart.

domingo, 22 de março de 2009

Minha Barriga!


Às vezes as pessoas me perguntam: por que você não faz um regime, e perde essa barriga? Ao pensar e filosofar sobre uma boa resposta, eu cheguei à seguinte conclusão: Eu não perco a minha barriga porque demorei muito tempo para encontrá-la. É um caso de amor que eu tenho com ela. Ela me acompanha desde quando eu era bem pequeno, e foi minha companheira nos momentos tristes e nos momentos felizes. Romântico que sou, procuro por ela em cada garfada, em cada colherada, em cada refeição. Ao dormir, levo-a comigo, e ao acordar ela está lá. É uma companheira silenciosa, mas ainda assim uma companheira. Ela me impede de ter relações com outras? Óbvio que não, já que ela sabe que eterno mesmo é nossa jornada juntos. É claro que ela às vezes se coloca no meio das relações, mas isso só me incentiva a buscar posições diferentes, exóticas, e às vezes muito mais vantajosas. Ela atrapalha? Nenhuma relação é perfeita. Às vezes brigamos, e ela tem uma antipatia especial pelo espelho. Inimiga mesmo é da balança, que já aboli de vez do meu círculo social. Mas vamos assim: procuro fazer as vontades dela, e ela, em retribuição, se interpõe entre mim e os obstáculos que possa vir a encontrar. Da próxima vez que me perguntarem por que não a perco, responderei: por que ela é a única que posso realmente chamar de minha!

Tiago "Xorão" Resende

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pensão para mulher bonita!

Observando o texto abaixo, estava aqui pensando comigo mesmo (o que é um tanto óbvio, já que é impossível "pensar" com outra pessoa que não seja você mesmo): e se mulheres bonitas QUISEREM trabalhar? Digo isso porquê eu acho meio complicado sustentar uma mulher. Você gosta do resultado quando a vê toda produzida e arrumada, mas nunca entende o processo. Toda aquele tratamento de beleza, cabeleireiros, manicures e afins precisam ser pagos, mas nós homens não entendemos isso. É complicado entender que mulheres precisam ter uma variedade incrível de opções na hora de escolher um vestido, ou um sapato, sendo que nós homens abrimos o armário, pegamos qualquer coisa, e vestimos. Digo nós homens, homens mesmo. Não aqueles metro-sexuais que não são machos o suficiente para assumirem que são gays, nem bixas o suficiente para sairem queimando a... Gastamos R$ 3.000,00 pra comprar uma TV nova, mas não entendemos que a conta do salão de beleza ficou em R$ 400,00. Óbviamente gostamos do resultado, e às vezes gostamos tanto que não conseguimos nos segurar dentro das calças. Mas se mulheres bonitas não deveriam trabalhar, e deveriam passar seu tempo se tornando mais bonitas, o que fazer então? Bom, se eu fosse presidente, criaria uma espécie de Pensão para Mulheres Bonitas. O Pemuboni. Tá, eu sou um publicitário, acho que consigo algo melhor que isso. Uhm... Bolsa Não Quebre a Unha. Aff, os dois nomes ficaram podres mas vocês entenderam a idéia. Porquê não? Existe o Fome Zero que distribui um monte de comida pra um bando de vagabundo (generalizando), e o Bolsa Família que só sustenta a nossa política assistencialista, fracassada e medíocre. Porquê não dar dinheiro para alguém que realmente mereça? Alguém com seios grandes, bunda perfeita, rostinho agelical e provocante, que faz os dias de todos os machos que as vejam um pouco melhores? É claro que ia aparecer um monte de refugo de macumba dizendo que é bonita e que merecia o Não Quebre a Unha, e por isso, juntamente com a BNQU (opa, a sigla é bacana... leia-a rapidamente três vezes) eu criaria uma comissão julgadora. Uma espécie de Inmetro da beleza. Seria composta por mim, óbviamente, e mais alguns amigos que eu tenho certeza que aceitariam o cargo. Tudo pelo espírito de justiça. Mas o que fazer com as mulheres que querem realmente trabalhar? Produzir? Bom, acho que a pensão deveria ser boa o suficiente para cobrir todos os seus gastos pessoais. Então o que sobraria seria algo como um hobby. Geralmente as pessoas tem mais de um, ou seja: ela poderia ter como hobby ficar mais bonita, mas também o de ser secretária. Aliás, secretárias bonitas dão mais lucro para o estabelecimento. Enfermeiras bonitas (em hospitais particulares) causariam mais acidentes, o que elevaria a procura por planos de saúde. Garçonetes bonitas aumentariam o consumo do freguês. Esposas bonitas justificariam o gasto nos salões de beleza. Enfim, o fato de as mulheres bonitas terem mais tempo e incentivo para ficarem mais bonitas faria o dinheiro no país circular mais, o que melhoraria de um modo geral toda a econômia da nação, pagando o investimento inicial do BNQU. Um projeto auto-sustentável. Mas atenção: o emprego deveria ser encarado como hobby. Mulheres MUITO independentes tendem à ser mais "feministas", e não sei porque mas essa palavra gera a imagem de uma mulher meio macho na minha cabeça. Mulheres tem de ser FEMININAS, e não FEMINISTAS. Acho que femininas deve ser antônimo de feminista.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Um feliz natal a todos e boas festas!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Injustiça!

      Observando o post abaixo, eu resolvi escrever sobre algo que eu sinto à muito tempo. Aquele negócio de o que importa é a beleza interior, e não a exterior, pra mim é conversa de gente feia (IAUhIAUhiUAHIAUh... eu sou feio, mas não hipócrita). Acredito que a beleza exterior importa sim, e muito, e principalmente "à primeira vista". É claro que se a mina for o capeta em em forma feminina eu mantenho distância. Se ela rouba comida das doações pro pessoal de Santa Catarina, se ela solta bombinha dentro de igreja, se ela dirige do lado esquerdo da rua, se ela bebe álcool igual ao Escort do Mindigo, aí eu tô fora. Mas se ela for angelicalmente linda, eu até ignoro essas falhas de caráter. O que parece me difícil ao extremo de resistir, são as mulheres que, além de lindas, tem um algo à mais (não to falando de traveco não... ó o respeito).
    Mulheres bonitas não precisam ser nada mais além disso. Deveriam ser bonitas e ponto. Ao chegar para uma mulher bonita e perguntar sua profissão ela deveria responder: eu sou bonita. Qual seu hobby? Ficar mais bonita. Porquê é muita injustiça quando uma mulher bonita toca um instrumento (musical) por exemplo. Isso me atraí de uma forma quase incontrolável. É a combinação mais sensual em uma mulher, pra mim. Se ela canta, e tem uma voz doce ainda, aí acabou. Apaixono de cara. Por isso mulheres bonitas, não façam isso. Sejam apenas bonitas, e deêm alguma chance para as mulheres que são "bonitinhas" (feias arrumadinhas), ou às feinhas. E se quiserem me conquistar, basta aproximar sua boca do meu ouvido e cantar baixinho uma música da Loreena McKennitt ou da Cecile Corbel.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Mario Kart Real

UAhiUAhiUAiUHAiUHA... ta ae o vídeo!!!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Teardrop

Já ouviram a expressão de que nascem poucos gênios verdadeiros de tempos em tempos? Eu tenho uma teoria de que, também de tempos em tempos, surge uma música que, sem sombra de dúvidas, te emociona além da conta. Essas músicas transcendem o gosto, a preferência por gêneros, e apaixonam quem se disponibiliza à pelo menos escutá-las. Ultrapassam a barreira da moda, estética, língua, tempo e mídia. E essas músicas, muitas vezes, permanecem escondidas, longe da massa, e pouco divulgadas. Na época em que essa música foi lançada, em 1998, eu era um assíduo telespectador do canal MTV, que, na época, ainda se preocupava com música. Eu assisti ao videoclipe uma vez, e passei duas semanas grudados na tela para vê-lo de novo. Não consegui, mas persisti. Comprei uma fita VHS e deixei o vídeo cassete preparado para a gravação, e mais uma semana de espera, para conseguir, finalmente. Como um viciado em heroína, eu esperei impacientemente pela próxima dose (na época não existia youtube, e a net era 56kbps). Mas a música só teve pouca divulgação aqui. Lá fora foi amplamente divulgada, e até adotada em algumas séries de tv (acho que House). Eu coloco o vídeo então, e espero que, como eu, vocês se apaixonem. Com vocês, Massive Atack com a música Teardrop.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Battle of Evermore

Uma montagem bem bacana de um dos clássicos do Led.

Mensagem Instantânea

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Os 10 maiores Monstros Gigantes de filmes!

Porquê eu sempre volto para as mesmas bandas?

Opeth é hors concours mas eu vou falar assim mesmo. A minha banda favorita da atualidade é, sem dúvida, o ápice da genialidade musical contemporânea. Eles flertam com o death metal, doom, prog, flertam com o rock e o clássico. O vocalista transita fácilmente entre o gutural e o suave, dando o tom exato para cada música ou parte dela. No mesmo álbum compõe canções pesadas como uma âncora, e outras com uma sensibilidade tocante. Enfim, você não descreve música. Música você escuta e sente. Coloco aqui três vídeos, com três momentos diferentes da banda.



sábado, 6 de dezembro de 2008

Jacaré Iemanjá

Incrível!!!

Esse vídeo me dá arrepios. É simplesmente genial. GENIAL. Tem gente que ainda entra no discurso de que vídeo-games violentos estimulam a violência, mas acho que é o maior anacronismo estúpido de gente maniqueísta. Lembrem-se que antigamente, os livros sofreram o mesmo típo de crítica, e muitos foram queimados (Alexandria!?), depois o teatro, o cinema e agora os games. Bem, enfim, como disse, a discussão é idiota por si só, portanto encerro o comentário e posto o vídeo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sisters of Mercy

Eu não sou viciado (ainda) em SoM, mas é certo que existe algo místico em suas músicas. Lá por volta de 1998, eu li um livro infanto-juvenil muito bom, chamado Os Noturnos de Flávia Muniz. É uma estória de vampiros, e todos sabem que sou fanático por esse assunto. Este livro foi um dos responsáveis pela minha paixão por literatura, e ainda hoje é um dos meus favoridos. No seu final, Flávia, em uma "mini auto entrevista", diz escrever ouvindo música, e uma das que ela cita, é Temple of Love, do SoM, que posto aqui. E sim, a música é fenomenal, contagiante, e climática. É a tal mística, que só encontrei em poucas bandas. Depois posto outras.

Porquê eu sempre volto para as mesmas bandas?

Respondendo diretamente à essa pergunta, eu sempre volto pras mesmas bandas porquê eu sou apaixonado por boa música. E eu me gabo de ser bem eclético, e muito pouco preconceituoso (tem alguns gêneros que realmente não fazem a minha cabeça, mas eu evito falar mal pra não ser parcial e injusto). Começando essa série de posts hoje, apresento uma das minhas bandas favoritas: Lamb of God. O som deles não é para qualquer ouvido, eu acredito. Música pesada com vocal gutural difícilmente são "gostáveis" para quem não aprecia o estilo. Mas é inegável o talento dos caras. Em 2007 foram nominados à Melhor Performance de Metal para a música Redneck, no Grammy, mas perderam o prêmio para o Slayer - Eyes of the Insane. O estilo é difícil de definir, e no meu ver, desnecessário. Então basta dizer que é metal, com vocal gutural, e quem quiser dar uma olhada, fique à vontade. A banda mistura técnica apurada, riffs poderosos, e um ritmo alucinante "solto, trancado e solto". O melhor exemplo desse tipo de quebra está na faixa Ruin, que disponibilizo em video aqui em baixo. Enfim, quando a banda é tão genial quanto Lamb of God, passa o tempo, bandas vem e vão, mas eu sempre volto à ouvi-la. Mais pra frente escrevo sobre outras que sempre volto á ouvir. Espero que gostem dessa.


Flying Dogs

Fuçando no site da UOL, me deparei com esse vídeo. Achei fenomenal. Música eletrônica bombando, e os nossos melhores amigos voando. Muito bom.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

The Midnight Meat Train

O filme é bom, mas poderia ser melhor. Ele segue a linha "Fotógrafo Investigativo" por um bom tempo, com um quê de "Se afundando na escuridão". Como exemplo, é mais ou menos o que acontece com a personagem de Jodie Foster em o Silêncio dos Inocentes: ela começa a investigar um caso, mas para isso precisa da ajuda de Hannibal Lecter, o corruptor. Apenas conversando com ele, ela é tragada para uma viajem ao lado mais sombrio do ser humano. E é exatamente isso que o diretor de The Midnight Meat Train tentou fazer com a maioria do tempo do filme. Acrescentou também um "Você não sabe onde está se metendo" da polícia, o que indica sua corroboração. Porém, o final não se justifica. Quer dizer: o filme inteiro não justifica o final. O filme é recheado de cenas de violência explícita, e os amantes do gore certamente vão gostar de assisti-lo. Mas elas não são bem feitas, na minha opinião. Eles abriram o espaço para o gore, sem se preocupar com a censura, mas não conseguiram produzir o asco, aquela coisa perturbadora que você sente, por exemplo, quando vê um jogador de futebol quebrando a perna.



Enfim, faltou uma pegada forte. O diretor Ryûhei Kitamura não tem lá um grande curriculum, principalmente no gênero que o filme se propõe. E fica ainda mais evidente a escolha errada quando sabemos que o roteiro é adaptado de um conto de Clive Barker. Merecia um tratamento melhor. Mas não me entendam mal: o filme não é ruim, mas poderia ter sido melhor. Muito melhor.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Hancock


Tosco. Como sempre os blockbusters não erram na decupagem, na edição, na fotografia, na direção de arte, já o roteiro... É bem meia boca. OBSERVAÇÃO, CONTÉM SPOILERS À FRENTE. Tava bacana até a Charlize Theron virar super heroína tb. Poderia ter-se focado no plot relações públicas e super herói às avessas, mas não. Foi introduzido um elemento desnecessário. Extremamente lindo (Charlize... nossa...), mas desnecessário. Com ela vem um esboço fraco de dizer de onde os super poderosos vinham, o que não precisava; cria um triângulo amoroso que não precisava; cria uma fraqueza (dos dois poderosos estarem juntos e se tornarem mortais) desnecessária; enfim, se o filme tivesse terminado quando Hancock sai da cadeia e ajuda o chefe de polícia, teria sido um ótimo média metragem. O roteirista, com preguiça de trabalhar, continuou e fez merda. Vale a pena conferir apenas pela Charlize, que, como sempre, está um espetáculo (em beleza e em atuação... nossa...).

RAN

Uma obra magnífica. Talvez uma das mais míticas e misteriosas. A primeira guerra, onde os sons característicos são substituidos pela trilha sonora é uma pintura. As interpretações exageradas só fazem nos transportar mais ainda pra esse mundo que Akira Kurosawa criou que não é nem Japão, nem Inglaterra (RAN é baseado na obra Rei Lear de Shakespeare), nem sequer faz parte da Terra. Um mundo mítico de uma dimensão paralela, onde a maldição de uma órfã é mais poderosa que o amor entre pai e filhos. As planícies sendo rasgadas pelo vento forte, e o som de vento que não é real, criado em estúdio, mas que torna o filme ainda mais lírico. A direção de arte pitoresca, dando ao personagem principal um tom meio caricato, que se torna duro depois, e que finalmente acaba em demoníaco. Enfim, vale ver com muita cautela esse filme, pois não será fácil digerí-lo, como não o está sendo para mim. É um vislumbre do que possa ser a alma humana, e o pior é que me deixou assustado como poucos filmes de terror conseguiram.

Psicopata Americano

Estranho. Mas muito bom. No início o filme parece um comercial (a introdução do seriado Dexter claramente copiou a introdução desse filme), onde Patrick Bateman, o protagonista, nos explica, em Voice Over, seus cuidados com a própria aparência (com uma voz bem de comercial mesmo). Mais tarde, quando Bateman se encontra com os amigos, o equadramento utilizado é muito esquisito. Não sei se foi de propósito, mas os olhos dos personagens ficam bem no meio da tela, e não no primeiro terço, dando um "teto" gigantesco e posicionando a cabeça dos atores exatamente no meio da tela. O roteiro é fenomenal. Apesar de eu não gostar muido de V.O., nesse filme ficou parecendo, além de publicidade, uma terceira pessoa, ou talvez a consciência do protagonista, conversando com ele mesmo. A direção é um pouco experimental, mas do mesmo jeito que causa um certo estranhamento nos planos escolhidos, nos sentimos dragados para dentro da mente de um homem insano. A direção de arte faz um trabalho fenomenal, hiper colorido, retratando os costumes e a moda da sociedade oitentista (época em que se passa o filme). A edição talvez seja o que o filme tem de mais clássico. Sem experimentalismo, cortes secos, e só. A trilha sonora chega a ser engraçada: Erasure, Whitney, e outras modas dos 80´s. Se forem assistir pela primeira vez ou se forem reassistir, prestem atenção na interpretação de Christian Bale quando ele vê os cartões pessoais melhores que o dele, e quando ele resolve contar tudo para o seu advogado. MUITO BOAS. Só uma curiosidade: Christian Bale = Patrick Bateman... "Bateman"... Batman... AUhiuAHiUAHUAhiUHAiUAH.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

As Duas Faces da Lei

É inegável que ver Pacino e De Niro na tela é muito bom. Bom não é o roteiro, a direção e a edição deste filme. Totalmente previsível, o filme falha no quesito principal de qualquer obra cinematográfica: emocionar. Não se aprofunda nos sentimentos de nenhum de seus personagens. Talvez, a grande culpa disso é a falta de protagonista. O filme tem, mas simplesmente se abdica de mostrar o seu ponto de vista. Não é perda de tempo, em todo caso. Por Pacine e De Niro, vale a pena ver.

Muito Além do Jardim

Fantástico. Fantástico. Fantástico. Vou me abster de comentários nesse. UM DOS MELHORES FINAIS DE FILME DE TODOS OS TEMPOS.

Ponto de Vista

Olha, no meu ponto de vista, é "meia boca" (não poderia perder a piadinha né? :). A proposta era muito boa, e Barry L. Levy, o roteirista, não soube concretiza-la de forma à torná-la mais do que entretenimento. Não que precisava ser mais do que isso, o problema é que não chega nem a ser. Com os vai e vens mal feitos da trama (culpa aí tanto do roteirista quanto do diretor e editor), o filme custa à romper a barreira de 01:00h, e antes de chegar lá, cogitei até dar stop e desistir. Incomoda mesmo. Sabem porque eu prossegui? Por causa de Forrest Whitaker. É o único dos atores que mantém uma atuação excelente do inicio ao fim. Matthew Fox (Lost) Começa regular, desliza bastante do meio até o final, mas no final, tem uma interpretação convincente, bem no finalzinho. Já Dennis Quaid aparece com interpretação notável no início do filme (o que me fez acreditar que veria nele um personagem forte, mas com as firulas mal feitas do roteiro não consegui visualizar isso nele), porém, do meio em diante interpreta medianamente, e não convence. É claro que por ser um filme de orçamento gordo, vemos uma fotografia excelente, mas fotografias excelentes são praticamente pré requisito para um filme hollywoodiano ser lançado. Já a trilha sonora também deixa a desejar, pontuando com maestria em nenhuma vez no filme. Voltando ao assunto roteiro, há várias coisas nele que o tornam bem pouco convincente. ATENÇÃO, SPOILERS À FRENTE. QUEM NÃO GOSTA DE SABER SOBRE O FILME ANTES DE VÊ-LO DEVE PARAR DE LER POR AQUI. Uma dessas pontas soltas é a incrível ingenuidade de colocar um "terrorista" DENTRO da Agencia de Segurança Nacional americana??? Conta outra... ok, eu conto: dirigir um carro em alta velocidade pelas ruas engarrafadas e estreitas da Espanha e falando ao celular simultaneamente??? Conta outra... ok, eu conto: Sequestrar o irmão de um agente secreto hiper treinado e obriga-lo à invadir o prédio em que o presidente dos EUA está hospedado? Seria mais fácil descobrir onde o irmão dele estava, resgatá-lo e matar todo mundo não? Conta outra... ok, eu conto: o filme termina com um Deus ex Machina horroroso, blargh... pra quem não sabe o que é Deus ex Machina, vai o link pro wikipedia que explica. É isso.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_ex_machina