quinta-feira, 20 de novembro de 2008

The Midnight Meat Train

O filme é bom, mas poderia ser melhor. Ele segue a linha "Fotógrafo Investigativo" por um bom tempo, com um quê de "Se afundando na escuridão". Como exemplo, é mais ou menos o que acontece com a personagem de Jodie Foster em o Silêncio dos Inocentes: ela começa a investigar um caso, mas para isso precisa da ajuda de Hannibal Lecter, o corruptor. Apenas conversando com ele, ela é tragada para uma viajem ao lado mais sombrio do ser humano. E é exatamente isso que o diretor de The Midnight Meat Train tentou fazer com a maioria do tempo do filme. Acrescentou também um "Você não sabe onde está se metendo" da polícia, o que indica sua corroboração. Porém, o final não se justifica. Quer dizer: o filme inteiro não justifica o final. O filme é recheado de cenas de violência explícita, e os amantes do gore certamente vão gostar de assisti-lo. Mas elas não são bem feitas, na minha opinião. Eles abriram o espaço para o gore, sem se preocupar com a censura, mas não conseguiram produzir o asco, aquela coisa perturbadora que você sente, por exemplo, quando vê um jogador de futebol quebrando a perna.



Enfim, faltou uma pegada forte. O diretor Ryûhei Kitamura não tem lá um grande curriculum, principalmente no gênero que o filme se propõe. E fica ainda mais evidente a escolha errada quando sabemos que o roteiro é adaptado de um conto de Clive Barker. Merecia um tratamento melhor. Mas não me entendam mal: o filme não é ruim, mas poderia ter sido melhor. Muito melhor.

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