domingo, 28 de setembro de 2008

Taxi Driver

Um clássico. É uma vergonha que não o tenha visto até agora. Mas valeu a espera. Pude vê-lo mais maduro, mais preparado, mais entendido. E o que posso dizer? Perfeito. Martin Scorcese acerta não só no que é o trabalho dele, que é contar a estória da maneira mais clara possível. Ele faz isso e extrapola com os limites estéticos. Ele acerta até em sua pequena participação no filme como ator. Ele acerta nos créditos. Ele acerta com De Niro. Com Jodie Foster. Com Harve Keitel. Ele acerta com Cybill Shepherd. Em seguida, todos os atores acertam, o fotógrafo acerta, o diretor de arte acerta, editor, TODOS. Um filme 100%. Não há nada a se melhorar nele. Absolutamente nada. O protagonista Travis Bickle, um veterano do Vietnam, escreve um diário esquisito. Me pareceu aquelas terapias que os psicólogos passam para pessoas transtornadas, principalmente veteranos. Ele começa à enlouquecer, e nós, espectadores, joguetes na mão de Scorcese, vamos ficando cada vez mais loucos como ele. Nós acreditamos em todas as baboseiras que ele fala, e no final, nos parece fazer sentido ele chegar atirando em todo mundo, com um corte punk de cabelo, armas escondidas, e uma dose gigantesca de coragem (leia-se loucura). Faz sentido, e nos mostra como todos estamos vulneráveis à esta entidade, a loucura. Erasmo de Rotterdam se orgulharia desse filme, tanto quanto a mãe do Scorcese. Vejam.

Um comentário:

Luis Felipe disse...

Um de meus favoritos, facilmente. Na minha opinião, o melhor filme de Martin e o melhor dos anos 70!